Ato em apoio à vítima de homofobia


17/12/2012 21:26 | Gabriel Cabral " FOTO: Vera Massaro

Compartilhar:

Carlos Giannazi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2012/fg120317.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Giannasi e Paulo Iotti<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2012/fg120318.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta segunda-feira, 17/12, Carlos Giannazi (PSOL) realizou, no Plenário José Bonifácio, um ato em apoio a André Baliera, vítima de homofobia em Pinheiros, zona Oeste da capital, quando após responder as ofensas que lhe foram feitas, por sua orientação sexual, André foi agredido violentamente por Diego Mosca e Bruno Portieri.

No início do ato, foram exibidos três vídeos, sendo dois jornalísticos e um pessoal feito por André Baliera, onde ele agradece e conta detalhes de todo o ocorrido, chegando a afirmar que "ser gay não é fácil. Nunca foi fácil, principalmente no Brasil".

Paulo Iotti, advogado de André Baliera e que exerce atividade no Centro de Combate à Homofobia da Cidade de São Paulo, contou que todas as características da agressão de Diego e Bruno são clássicas de um ato homofóbico. A Promotoria remeteu o caso ao procurador-geral para que ele julgue se esse será criminalizado como lesão corporal ou tentativa do homicídio.

Giannazi disse estar chocado com o fato e emocionado com o vídeo de André. "O caso do André é simbólico", disse referindo-se a tantas outras pessoas agredidas frequentemente por sua orientação sexual. O deputado ainda lembrou sua luta pela causa LGBT e as denúncias que recebe de violência ao homossexual. "A agressão é um retrocesso imenso levando em consideração que São Paulo tem a maior Parada Gay do mundo".

A audiência teve a presença de amigos da vítima, advogados, e profissionais e militantes de Direitos Humanos. Todos afirmaram conhecerem André e disseram o quanto o jovem é calmo, gentil e dócil. Pedem atenção do Poder Público brasileiro. Luís Arruda (amigo de André e militante) pediu a intervenção da presidente Dilma Rousseff e do Poder Executivo, no que tange a leis, justificando que em todos os países onde a homofobia é crime o Executivo apoiou a causa. Citaram casos no Brasil de anônimos e militantes conhecidos ou próximos que foram vítimas de agressões verbais e físicas que levaram à morte. Também compararam a luta de igualdade de direitos com outras contra a violência que resultaram em leis como Maria da Penha e contra o racismo.

O deputado finalizou a audiência concordando com Arruda e agradeceu a presença de todos. Prometeu continuar apoiando André Baliera e a luta pela causa e pela dignidade da comunidade LGBT.

alesp