Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Guido Totoli


18/02/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Paisagem urbana I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121227.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paisagem urbana II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121228.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Guido Totoli<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121229.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Guido Totoli alcança em suas obras felizes momentos de sínteses figurativas e expressivas que denotam metas futuras sempre mais árduas e luminosas. Suas cores, algumas usadas com vigor, vibram com uma larga, densa e calorosa pureza. Em sua pintura não existe fratura entre cor e forma, entre subconsciente e realidade visual, pois o seu realismo existencial é perfeitamente orgânico.

O mundo pictórico desse pintor reflete com fidelidade aquele de seus sentimentos e ideias de homem e de artista. Numa tentativa de definição crítica, dizer que esse artista é um realista seria servir-se de uma forma simplista e quase grosseira. Uma coisa é certa, ele não se afasta da realidade nem a deforma de propósito, tanto menos a dissolve no abstrato e no informal, como também dela não se torna escravo.

Contemplando amorosamente a sua realidade, Totoli a condensa em termos, lineamentos e volumes essenciais, revelando assim sua alma poética ou, se preferirmos, o significado cósmico da arte.

No desenrolar desse processo tiveram importância decisiva os contatos do pintor com a natureza brasileira forte e vigorosa e sobretudo o hábitat do homem do interior paulista.

Entretanto, um certo temperamento romântico e angustiante transparece em suas paisagens, que pinta com uma carga de humanismo e provoca, em quem os observa, um contínuo e agradável sentimento.

Nas obras Paisagem Urbana I e II, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Guido Totoli evidência ser possuidor de uma rara medida de equilíbrio entre pensamento e gesto, demonstrando com grande habilidade a força da realidade do ambiente urbano.



O artista



Pintor, escultor e ceramista, Guido Totoli nasceu em Mercato Cilento, na província de Salermo (Itália) no ano de 1937. A partir de 1949 frequenta a escola de arte local e em 1955 segue cursos de desenho, pintura, escultura e cerâmica. Transfere-se para o Brasil em 1958, onde conhece e passa a frequentar os ateliês de Alfredo Volpi, Mario Zanini, Ottone Zorlini, Ângelo Simeoni, Hugo Adami, Arnaldo Ferrari entre outros.

Em 1960, participa de salões oficiais onde recebeu os primeiros prêmios. A partir de 1977 participa de várias exposições em São Paulo e no interior e em 1979, é convidado pelo governo do Estado de São Paulo para ser membro de júri no Salão Paulista de Belas-Artes. Suas obras foram capa de catálogos de inúmeros leilões de arte em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em 1981, foi convidado especial do professor Pietro Maria Bardi para participar da exposição Itália-Brasil, no Museu de Arte de São Paulo. Em 1984 recebeu a medalha de prata do Centro Internacional de Arte Contemporânea de Paris, com sua obra "Paisagem Brasileira".

Seus trabalhos fazem parte de coleções particulares e oficiais do Canadá, Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Itália , Argentina, Brasil, no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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