HC de Ribeirão Preto deixou de atender demandas de média complexidade, denuncia prefeita Cauê Macris (PSDB), depois de considerar um avanço a disposição do ministro Padilha de vir a São Paulo conversar sobre a saúde no Estado, ressaltou as dificuldades que os prefeitos encontram para atender a população na área, destacando a situação dos hospitais filantrópicos e das santas casas. O deputado perguntou a Padilha se era verdadeiro ele ser contra o reajuste linear da tabela SUS e quais hospitais no Estado considerava ser necessário que fossem fechados ou reestruturados. O ministro declarou ser contra o rejuste linear na tabela por não ver lógica em pagar o mesmo por procedimentos diferentes e que, em sua opinião, esse tipo de reajuste, adotado no passado, foi responsável por distorções que levaram ao endividamento histórico das santas casas. O ministro enfatizou a importância desses hospitais para os atendimentos pelo SUS. Quanto à necessidade de reestruturação de hospitais, Padilha afirmou haver vários hospitais que necessitam realmente de reestruturação, e que o Ministério dará apoio aos que quiserem realizá-la. Em relação ao fechamento de unidades hospitalares, ele citou como exemplo unidades psiquiátricas, "que foram fechadas com acerto" por não terem condições de prosseguirem atendendo nos moldes em que o faziam. O deputado Gerson Bitttencourt (PT) elogiou a atuação do ministro à frente da pasta e disse reconhecer em sua gestão três pilares fundamentais: inovação, ousadia e coragem, adotando medidas que beneficiam o setor mesmo quando é necessário enfrentar interesses de empresas e categorias. O deputado Gilson de Souza (DEM) defendeu a descentralização da saúde e reivindicou que Franca tenha nova unidade hospitalar. O deputado Dilador Borges (PSDB) disse que o governo federal se preocupa com a instalação de UPAs e UBSs, mas que o primordial é resolver os problemas de custeio da saúde para os municípios. A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, apresentando-se como representante de quatro regiões (Ribeirão, Araraquara, Barretos e Franca), denunciou decisão do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que deixou de atender as demandas de média complexidade dos municípios, causando um caos na saúde dessas cidades. Vera enfatizou que o HC deve reconhecer-se como fornecedor de serviços, e não como gestor dos recursos que são destinados à saúde das cidades.