Prestigiada por diversos deputados, entre eles o presidente da Assembleia paulista, Samuel Moreira, a posse de Rogério Amato à frente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ocorreu nesta segunda-feira, 6/5, no clube Monte Líbano, na capital paulista. A solenidade teve na mesa de autoridades a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Após apresentação da orquestra do Instituto Baccarelli e de um vídeo institucional, Amato, que deve ficar no cargo até março de 2015, agradeceu às autoridades, sindicalistas, empresários e jornalistas presentes e contou um pouco da história da associação, fundada em 1894. Lembrou que são 30 mil associados em todo o Estado, com 15 sedes distritais e mais de 200 mil empresas, que envolvem além do comércio o agronegócio. Imposto visível Amato agradeceu especialmente a presidente Dilma por ter sancionado a lei que permite a visibilidade em notas fiscais do valor correspondente ao imposto arrecadado em cada produto comercializado. "Numa grande mobilização reunimos 1,5 milhão de assinaturas para apresentar o projeto da lei que entra em vigor no dia 9/6". Gentilmente, Amato cedeu parte de seu tempo para que o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, pudesse se pronunciar. Ele disse que pretende ampliar a parceria com a ACSP e que está preocupado com o fantasma da inflação. Também em agradecimento à presidente Dilma, Patah comentou a regularização da profissão de comerciário. O prefeito paulistano lembrou os 15 anos em que trabalhou em comércio na rua 25 de Março, na capital paulista, dizendo que conhece a burocracia que envolve o setor. Para figurar como cidade ambientalmente amigável para o Banco Mundial, destacou Haddad, São Paulo precisa se adequar e simplificar leis que regem o segmento de negócios. "Temos que sair do distante 140º lugar no ranking de competitividade. Reforma Tributária Alckmin afirmou que o empreendedorismo está no DNA do Estado e que o governo está compromissado com o setor. Sobre a questão tributária, cujas alterações estão prestes a ser votadas por meio de projeto de resolução no Senado, Alckmin afirmou que a alíquota sobre produtos eletrônicos deveria ser padronizada em todo o país, para que não se criem cidades "duty free" " expressão inglesa para isenção de impostos " no Brasil. Após cumprimentar os que se pronunciaram, seu vice, seus ministros da Educação, Aloizio Mercadante, do Desenvolvimento Industrial e Comércio, Alessandro Teixeira (em exercício), e da Comunicação, Helena Chamas, bem como o presidente da Assembleia, Samuel Moreira, Dilma destacou que as micros e pequenas empresas fortalecem a economia e a sociedade. Elogiou o trabalho do vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos, também ex-presidente da ACSP, em defesa dos pequenos empresários. "Com seu empenho na aprovação de artigo constitucional que deu tratamento diferenciado ao segmento, milhares de brasileiros que trabalham por conta própria foram tirados da informalidade." Dilma afirmou ainda que o povo brasileiro, de uma forma geral, alcançou uma boa condição enquanto consumidor: é o 2º maior do mundo no ramo de cosméticos, o 4º em automóveis, e lidera a demanda por equipamentos de comunicação e informação. "Segundo o IBGE, bem mais da metade dos negócios estão na área de serviços", destacou. Além de Amato, tomou posse o corpo de diretores e conselheiros da Facesp e da ACSP.