Perspectivas para a habitação urbana são tema de audiência pública

Secretários nacional e municipal do segmento participaram do debate
14/11/2013 16:10 | Da Redação - Fotos: Marco Cardelino

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Reinaldo Iapequino, Donizete Fernandes, Inês Magalhães, Luiz Claudio Marcolino, Isac Reis, José Floriano Neto e  Luiz Alberto Nozaki Sugahara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139636.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Isac Reis fala ao público na manhã desta quarta-feira, 13/11 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139637.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência pública debate perspectivas para a habitação urbana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139638.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público lota auditório Paulo Kobayashi da Assembleia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139639.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Donizete Fernandes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139687.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Inês Magalhães <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139688.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  José Floriano Neto <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139689.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>   Luiz Alberto Nozaki Sugahara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139690.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reinaldo Iapequino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2013/fg139691.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Evento organizado pela Frente Parlamentar de Habitação e Reforma Urbana reuniu, nesta quarta-feira, 13/11, no auditório Paulo Kobayashi, representantes do Poder Executivo federal, estadual e municipal, entidades sociais que atuam na área da habitação popular e os deputados do PT Luiz Claudio Marcolino, Isac Reis e Marcos Martins. A audiência teve como objetivo fazer um balanço das ações realizadas pelos três entes federativos, as perspectivas para os próximos anos e ouvir as expectativas das entidades.

Marcolino destacou que o encontro foi uma oportunidade para que todos os envolvidos diretamente no atendimento dessa demanda pudessem avaliar as ações já realizadas e tirar propostas para que houvesse avanço na solução de um problema que aflige grande parte da população. Para ele, a formalização de um comitê que reúna representantes do governo federal, estadual e municipal e dos movimentos sociais deve agilizar a busca de soluções. O parlamentar destacou ainda que a frente fará um esforço para que seja ampliado o valor destinado no Orçamento estadual para habitação popular, e para que haja total clareza na aplicação das verbas.

O trabalho das entidades populares foi destacado pelo deputado Isac Reis que afirmou que a moradia é fundamental para dar dignidade à pessoa. Lembrou que a habitação não se restringe a apenas ter uma casa, mas que é necessário que o acesso aos serviços públicos e a mobilidade sejam integrados aos

projetos habitacionais.

O deputado Marcos Martins destacou o Projeto de Lei 354/2009, de sua autoria, que dispõe sobre a assistência pública e gratuita na área de arquitetura, urbanismo, engenharia para habitação de interesse social voltada à população de baixa renda no Estado. Afirmou ainda que é necessário garantir a participação popular em todas as esferas de deliberação.

Ação governamental

Inês Magalhães, secretária nacional de Habitação, avaliou que de 2003 - quando foi criado o Ministério das Cidades - até hoje houve um grande avanço na oferta de habitações populares, embora reconheça que o déficit ainda é grande.

Ao apresentar os números que comprovam o avanço, Inês destacou os projetos em que há parceria com o Estado, como o de urbanização das comunidades que ocupam as áreas que margeiam as represas de Guarapiranga e Billings. A secretária destacou ainda que essa ação tripartite é fundamental para ampliar os recursos disponíveis e dar celeridade as ações. "O papel do município é fundamental para o êxito do programa Minha Casa Minha Vida, pois é a ele que cabe a gestão estratégica do território e o planejamento integrado da habitação com a infraestrutura de serviços e atividade econômica", finalizou.

Reinaldo Iapequino, subsecretário da Agência Casa Paulista, que no evento representou Sílvio Torres, secretário estadual da Habitação, destacou que a parceria do governo estadual com o governo federal e o município deve dar frutos consistentes nesta área. Afirmou que o objetivo do Estado é a construção de 150 mil moradias em quatro anos e que está próxima a assinatura de um convênio com o município para agilizar a construção de moradias na cidade de São Paulo.

A liberação do parcelamento do aporte dos recursos do governo junto aos bancos foi um dos pontos destacados pelo subsecretário, o que, segundo ele, agilizaria as construções, uma vez que hoje as obras só são iniciadas se o dinheiro total do investimento já estiver reservado. Com o pagamento parcelado durante a construção, mais obras poderiam ser realizadas.

Urbanização de favelas

O secretário municipal de Habitação de São Paulo, José Floriano Neto, destacou que a prefeitura quer em quatro anos construir 55 mil moradias, urbanizar favelas, beneficiando 70 mil famílias, e fazer a regularização fundiária de lotes de 200 mil famílias. Destacou a parceria com o governo federal e a formalização de uma com o governo estadual. Também mencionou o projeto de revitalização e regularização de 45 prédios ocupados no centro de São Paulo.

Luiz Alberto Nozaki Sugahara, consultor da presidência da Caixa Econômica Federal, destacou o esforço da instituição para agilizar a liberação de recursos para o setor e ressaltou a importância da participação popular na elaboração dos projetos e na discussão da urbanização da cidade.

Falou dos entraves na localização de áreas que possam rapidamente ser disponibilizadas para os projetos habitacionais e que as entidades devem ajudar na discussão de formas de organizar a população para impedir que existam ocupações em conjuntos que estão prontos e que deveriam ser destinados a pessoas que estão na fila de espera. Essas ocupações demandam ações judiciais para a reintegração de posse, revisão dos imóveis e, muitas vezes, reforma.

Movimentos

A necessidade da garantia da participação dos movimentos na elaboração das políticas habitacionais foi um dos destaques da participação de Donizete Fernandes, do Fórum Nacional de Reforma Urbana, no evento. Fernandes fez um demonstrativo dos custos de construção das unidades populares quando são feitas pela iniciativa privada e pelas entidades populares. Uma unidade de 55 m² sai por 150 mil reais quando é executada pela iniciativa privada e a mesma unidade tem o custo de apenas R$ 45 mil quando é realizada por entidades populares. Segundo o representante do fórum, a diferença muitas vezes não é apenas do preço, mas também da qualidade da moradia entregue.

Outros representantes de movimentos populares fizeram coro quanto à necessidade de criar mecanismos que garantam a participação das entidades em todo o processo de execução de programas de moradia popular.

alesp