Em audiência promovida pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) nesta quarta-feira, 12/11, sindicatos e trabalhadores do Judiciário reclamaram ações do Legislativo para colocar em votação os projetos que reestruturam os cargos do Judiciário, atribuindo-lhes vencimentos compatíveis com a importância dos trabalhos realizados pelos funcionários. Para a maioria dos presentes que lotaram o Auditório Franco Montoro, há uma clara divisão dentro do Judiciário: a elite, que "aumenta seu próprio salário acima da lei, utilizando artifícios como o auxílio moradia", e os demais trabalhadores, "que levam o tribunal nas costas", conforme declarou Luiz Milito, da Associação dos Trabalhadores do Judiciário, bem como a presidente da Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Elisabete Borgianni. Elisabete ainda lembrou que o dissídio coletivo que aumenta em 4,77% o salário dos servidores do tribunal até hoje não foi pago. Ela fez questão de dizer que as desculpas dos deputados para não colocar os projetos em pauta são as mais variadas, e se contradizem, mostrando que há um claro desinteresse de grande parte do Legislativo em atender os pleitos da categoria. Os dirigentes sindicais, entretanto, não descartam a possibilidade de conseguir, "com muita luta", a inclusão dos quatro projetos na pauta, ainda neste ano, e serem contemplados no Orçamento do ano que vem. São eles os Projetos de lei complementar 6, 30, 42e 56, todos de 2013. O deputado Carlos Giannazi alertou os presentes para os prazos que deverão ser cumpridos para que os projetos sejam incluídos na pauta e garantiu seu apoio às demandas dos servidores. Aconselhou-os ainda a procurarem na Casa outros parlamentares que concordem com a justeza dos pleitos.