O secretário da Educação, José Renato Nalini, em direto confronto à Constituição Estadual, não compareceu à reunião da Comissão de Educação desta terça-feira, 27/6, convocada especialmente para ouvi-lo. Todos os secretários têm o dever de comparecer semestralmente à comissão pertinente para responder sobre a gestão de suas pastas. Apesar de o auditório estar lotado com servidores e representantes de entidades, a manobra para a reunião não se realizar começou pelos deputados da base do governo, que ou não compareceram ou ausentaram-se para derrubar o quórum regimental. O deputado Carlos Giannazi, membro da comissão desde 2007, disse que historicamente, mesmo quando não houve quórum, nunca um secretário se negou a participar de audiências. E que Nalini tem o dever de explicar a demissão de professores e vice-diretores; o não chamamento das professoras PEB1 e PEB2 aprovadas em concurso; a manutenção da duzentena dos professores da categoria O; o fechamento de escolas, salas e turnos; e o não cumprimento da data-base. "Nalini foi presidente do Tribunal de Justiça. É inconcebível que ele afronte a legislação estadual", afirmou Giannazi, que levará o "escárnio" do secretário ao Ministério Público e ao Colégio de Líderes. Sugeriu também que se faça obstrução sistemática à votação da LDO. carlosgiannazi@uol.com.br