A Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários recebeu o secretário de Segurança Pública Mágino Barbosa Filho, que foi ouvido sobre o andamento de sua gestão e o desenvolvimento de ações, programas e metas de sua pasta. A reunião ocorreu no plenário Tiradentes, na última quarta-feira (29/11). O orçamento da pasta cresceu nos últimos dois anos. De R$ 20 bilhões e 403 milhões em 2015, o total disponível passou para R$ 21 bilhões e 500 milhões em 2017. "Agradeço o apoio da Casa pelo acréscimo ao orçamento neste ano", disse. Os investimentos em viaturas somaram, em 2017, R$ 81 milhões. "Tivemos de compensar o que faltou no ano passado devido à crise. Mas isso mostra o cuidado que São Paulo tem com a segurança", afirmou. O secretário disse, ainda, que São Paulo foi o primeiro Estado a fazer uma licitação internacional no Brasil para a compra de armamento. "A licitação feita agora é para garantir a competitividade entre as companhias de armas, além de certificar a segurança e a eficiência do instrumento do policial", complementou. Serão entregues cinco mil armas para as tropas especiais e 2,5 mil para a Polícia Civil. A meta é a substituição de todo o armamento. Violência e segurança O Detecta foi outro assunto citado pelo secretário. O programa usa imagens de câmeras para a análise da secretaria. "Quem critica, às vezes não conhece", afirmou. Segundo ele, 5.851 pessoas foram presas em flagrante com o programa, e 365 armas de fogo foram apreendidas. Sobre os números da violência, o secretário declarou que São Paulo é o Estado mais seguro do país, com o menor número de mortes violentas por 100 mil habitantes (dados de 2016). Alguns crimes tiveram redução em 2017. Os roubos gerais diminuíram 4,28%, e os de veículos caíram 11,73%. As ocorrências por 100 mil habitantes também permaneceram baixas, com 6,06 em São Paulo, capital. O secretário comparou com os dados de Nova York: de 3,8 ocorrências a cada 100 mil habitantes. O secretário afirmou que a força policial de São Paulo é a maior do país e da América Latina, com 118 mil profissionais na ativa. Desses, 85.430 mil são da Polícia Militar, sendo que 2.731 estão em formação. O contingente da Polícia Civil é de 29.455 e o da Polícia Técnico-Científica de 3.307 membros. Ele agradeceu as bancadas da Assembleia Legislativa por reconhecerem a gravidade do tema e aperfeiçoarem as propostas feitas pela pasta. "Projetos de interesse do povo, dos nossos servidores e de toda a coletividade", comentou. Estiveram presentes os deputados Barros Munhoz, Carlão Pignatari, Coronel Telhada, Hélio Nishimoto e Marco Vinholi (todos do PSDB), Gil Lancaster (DEM), Ed Thomas (PSB), Jorge Caruso (PMDB), Delegado Olim e Gilmar Gimenes (ambos do PP), Celso Nascimento e Feliciano Filho (ambos do PSC) e Rita Passos (PSD).