A Assembleia Legislativa sediou evento de encerramento da campanha instituída pela ONU Mulheres denominada "16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Meninas". O encontro aconteceu nesta segunda-feira (11/12) no Plenário José Bonifácio. A presidente nacional da Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil (Libra), Marta Lívia Suplicy, destacou que este período de dezesseis dias é voltado às ações de combate à violência contra a mulher. "A cor laranja vibrante foi escolhida pela ONU e representa um futuro livre da violência", explicou. A advogada e secretária adjunta da OAB da subseção de Penha de França, Nercina Andrade Costa, disse que estuda implantar uma Comissão de Justiça Terapêutica nos fóruns. Ela explicou que em alguns casos a violência contra a mulher acontece porque o agressor está alcoolizado ou sob efeitos de drogas. "Dessa forma, a ideia é que ele seja encaminhado para palestras e não para prestação de serviços. Se tratarmos primeiro do alcoolismo, a chance desse indivíduo voltar a praticar o crime será menor", explicou. Ela ressaltou também que no Fórum de Santana esse programa já está ativo e dando resultados positivos. "Nossa intenção é juntar advogados e capacitá-los para situações como essa." Durante o evento, foi realizado um júri simulado encenando como é o ciclo da violência contra as mulheres, o julgamento do agressor e o compartilhamento de relatos da plateia que já sofreu violência. Suplicy lamentou a não aplicabilidade da legislação brasileira. "Nossas leis são boas, porém, não são bem aplicadas. Além de levar a informação e educação para as pessoas, precisamos cobrar do Parlamento políticas públicas e que seja um ativismo de 365 dias. Precisamos lutar cada vez mais", finalizou. A deputada Clélia Gomes (PHS) também esteve presente no evento.