O deputado Feliciano Filho e cerca de 40 ativistas estiveram reunidos com o presidente da Alesp, Cauê Macris, no dia 19/6, e conseguiram o comprometimento do mesmo para colocar o PL 31/2018, que proíbe o embarque de animais vivos para fins de abate no estado de SP, na pauta do dia 26 de junho. A missão agora é reunir votos a favor do projeto. "Todas as pessoas que tomam conhecimento de quanto os animais sofrem calados ficam terminantemente contra o embarque de animais vivos," apontou Feliciano. Existem laudos veterinários contrários ao embarque. Juízes, Procuradores e Promotores também já publicaram pareceres contra essa atividade. Caminhões rumo aos portos chegam com os animais exauridos e eles ainda tomam choques para subirem nos navios. Uma vez embarcados vivem em meio a fezes, urina, vômitos, sem condições de descansar e com dificuldade de respirar devido ao forte cheiro de amônia. Normalmente são dois veterinários para atenderem 5 mil bois. Os que se machucam e ficam doentes são eliminados. "O sofrimento dura de 15 a 20 dias em embarcações quentes, imundas e apertadas. Estamos vendo até mesmo casos de bois que se jogam ao mar em tentativas desesperadas de fugir desses navios da morte, como foi o caso documentado do boizinho Herói, que na semana passada pulou de um navio e nadou por cerca de 5 horas em águas geladas até ser resgatado", explica o deputado. "Além disso, não há nem ao menos motivação econômica para tamanha crueldade. A receita proveniente do embarque de animal vivo corresponde a meros 0,01% de todo o faturamento do estado de SP com exportação de carne. Ou seja, não prejudica o estado e atende a um anseio da sociedade que não aguenta mais essa maratona de dor e crueldade!", concluiu o deputado.