O deputado Carlos Giannazi acompanhou na terça-feira (29/1), na Diretoria de Ensino Região Sul 2, a atribuição de aulas aos professores categoria F (ocupantes de função-atividade contratados com base na Lei 500/1974 que conquistaram estabilidade em 2007). Como previsto, muitos deles não conseguiram escolher um número suficiente de aulas. "Era exatamente esse o objetivo da Secretaria da Educação. Desde 2015, quando o então governador Alckmin tentou fechar 94 unidades e encontrou enorme resistência da comunidade escolar, a estratégia para o corte de gastos passou a ser o fechamento de salas de aula em praticamente toda a rede - medida que passou a ser seguida por Doria quando assumiu o governo." Giannazi ressaltou ainda que, para agravar a situação, o primeiro ato do novo secretário foi publicar a Resolução 1/2019, que obriga professores de salas de leitura, mediadores, coordenadores pedagógicos e vice-diretores a assumirem salas de aula, abandonando os projetos a que se dedicavam. "Além disso, a pasta está cessando as readaptações das professoras adoentadas, obrigando-as a retomar o contato direto com alunos. Tudo isso para não contratar professor." Conforme relatou o dirigente da Apeoesp Severino Honorato, esses professores, que têm prioridade na escolha, já ficaram sem aula, muitos professores categoria O ficarão desempregados.