Nestes próximos dias, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos quatro anos: os deputados. Depois de quatro meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete? A entrevista desta edição é com o deputado Adalberto Freitas. Os últimos quatro meses Eu já tinha experiência na gestão política, já que fui assessor parlamentar de um deputado federal - Arnaldo Faria de Sá - por 15 anos. Ele não ganhou a eleição e eu acabei entrando como deputado. Quando cheguei na Assembleia já conhecia vários deputados, porque eu fazia a ligação dos federais aos estaduais, então já existia o vínculo. Mas, de todo modo, fui muito bem recebido. O que me surpreendeu foi a intensidade dos debates. Foram pouco mais de 100 dias de mandato, mas parece que estamos trabalhando há mais de um ano de tão forte que tem sido. A nossa equipe comentou essa semana assustada: "Nossa, mas apenas 100 dias?" (risos). Mas é isso, estamos trabalhando sem parar. Projetos, legado e futuro Eu não consigo entender um parlamentar que tenha somente um foco porque, na realidade, a sociedade não tem um problema único. Quero trabalhar com a minha equipe defendendo quem mais precisa em todas as áreas essenciais: segurança pública, educação, meio ambiente, saúde pública, proteção e defesa animal, aposentadoria, pensão, etc. Um dos eventos realizados na Casa foi sobre inclusão social e acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida que teve a presença da secretária Nacional da Pessoa com Deficiência, Priscilla Gaspar, que trabalhou na equipe da primeira dama Michelle Bolsonaro. O meu chefe de gabinete, José Francisco Vidotto, é cadeirante; o primeiro chefe de gabinete cadeirante da Assembleia Legislativa de São Paulo e talvez do Brasil. Estamos focando muito nesta questão e já apresentei um projeto de lei para que todos os locais públicos contem com tradutores de libras. Esta é uma das bandeiras do nosso mandato. Uma outra área bastante importante é a segurança pública e tenho no meu gabinete um delegado de polícia aposentado e que trabalhou 35 anos na polícia e também um sargento da Polícia Militar também aposentado. Eles vão me ajudar nesse trabalho. Na Educação, contratei duas professoras, uma da rede estadual e uma da rede municipal, as duas do fundão da zona sul, de onde eu sou. Na Saúde, fiz o mesmo e tenho pessoas que nos ajudam nas questões relacionadas à falta de atendimento nos hospitais. Recentemente, uma das pessoas que trabalha comigo levou uma criança de cinco meses ao Hospital de São José dos Campos e lá disseram que se ela não fosse transferida para o Dante Pazzanese iria morrer. E nós interferimos e conseguimos a transferência. Nos emocionamos muito com esse trabalho. Inspiração e referências Na política, eu admiro muito o nosso presidente, Jair Messias Bolsonaro, por toda a trajetória dele. Durante a vida inteira enfrentou os piores inimigos da nação, e conseguiu chegar onde chegou somente por mérito. O presidente fez oposição à esquerda brasileira sozinho, então eu o admiro muito. Também vou citar uma pessoa com quem estive nos últimos dias em um evento no Palácio do Governo e que recebeu uma honraria concedida a pessoas importantes e que fizeram diferença na sociedade, o ministro Sérgio Moro. Ele teve a coragem de enfrentar os piores bandidos da nação, participou da prisão de altos figurões da política. O presidente e o ministro são dois homens que, em momentos especiais quando o país mais precisava, se dedicaram a tentar mudar o Brasil, são heróis para mim. Fora da política, a pessoa que eu mais admiro é minha mãe, nascida em casa evangélica, que hoje tem 88 anos, foi a primeira pessoa a quem falei que seria político. Falei para ela "vou entrar lá dentro do sistema, e vou ser um a menos para roubar e fazer coisa errada". Ela me disse: "Filho, vou pedir para Deus e se Ele achar que você merece, você vai ter".