Violência policial em bailes funk é assunto de audiência pública


06/12/2019 08:09 | Debate | Karina Freitas - Foto: Sergio Galdino

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Mesa do evento <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2019/fg245349.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Erica Malunguinho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2019/fg245350.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2019/fg245351.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A Cultura de Periferia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2019/fg245352.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com apoio da deputada Erica Malunguinho (PSOL), a Alesp voltou a discutir violência policial em bailes funk após a morte de nove jovens no bairro de Paraisópolis, na zona sul paulistana, no domingo (1/12). As vítimas tinham idades entre 14 e 23 anos. A reunião foi realizada no auditório Franco Montoro na noite da última quinta-feira (5/12).

A dançarina e diretora da Frente Nacional de Mulheres no Funk, Renata Prado, acredita que a saída para essa situação é a criação de políticas públicas voltadas a organização desses eventos. "Precisamos de projetos de lei e políticas públicas que deem conta de organizar esses bailes funks da mesma forma que o programa SP na Rua, que é do município de São Paulo e que funciona da mesma forma que a Virada Cultural, dentre outras atividades que acontecem na cidade e têm esse apoio, que têm o apoio da Polícia Militar, sem truculência".

Para Renata, esse trabalho deveria ser em conjunto com o Estado, a prefeitura e entidades da periferia.

O antropólogo e produtor cultural Viny Rodrigues entende que é preciso ter cautela ao lidar com legalização nessas áreas, porque, segundo ele, as coisas não funcionam da mesma forma que em eventos realizados no centro da cidade. "Falar de legalismo na periferia também é falar de legalização de um sistema judiciário que não vê os indivíduos negros como seres humanos. O Judiciário vê a gente como massa para encarceramento". Ele disse também que esses movimentos já são legais. "As pessoas que estão nessas regiões já legitimaram aqueles movimentos", finalizou.


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