Há 15 anos, a Associação Paulista de Empreendedores Culturais (APEC) promove capacitações profissionais na área da cultura. A instituição surgiu em parceria com o Sebrae de São Paulo em 2004. "Montamos uma rede de agentes culturais da qual surgiu a APEC. Trata-se de um grupo de profissionais que se apoderou da dinâmica, do conhecimento do trabalho e do universo do empreendedorismo e daí para frente deslanchou", contou Ary Scapin, gerente de projetos da entidade. O criador da APEC, Luiz Carlos Menezes, lembrou a importância do incentivo à profissionalização nesta área, em especial quanto aos benefícios para os trabalhadores do setor. "Somos uma entidade voltada à capacitação, não é de formação. Se o empreendedor é da área da música, do vídeo, ele terá uma orientação profissional. Se a pessoa tem uma formação acadêmica ou não, isto não importa. A pessoa será capacitada para o mercado de trabalho", explicou o presidente da APEC. Após mais de uma década, a Associação Paulista de Empreendedores Culturais relata estar passando por um momento delicado com relação ao incentivo monetário, mesmo fazendo parte das Leis do PROAC em São Paulo e da Lei Rouanet, na esfera federal. "O que me marcou muito, por ser da área circense, é que cada vez que montamos um circo em um bairro ou cidade, estamos fazendo um novo empreendimento e as dificuldades do circo hoje em dia são enormes", argumentou Camilo Torres, diretor de relações institucionais da associação. Um dos apoiadores do evento foi o deputado Carlos Giannazi (PSOL), que ressaltou a necessidade de incentivar a cultura. Para o Orçamento estadual 2020, a previsão é de que a verba para a cultura chegue a R$ 31 milhões. "É muito importante que esse conceito seja difundido. A cultura não é um favor e nem uma assistência do Estado. É um direito do cidadão. Este grupo tem uma excelência no Estado pois forma promotores culturais em um momento que há um corte nas verbas em todas as esferas", disse.