No mês da mulher, a campanha Março Lilás vem para mostrar a importância da prevenção contra o câncer do colo do útero, terceiro tumor maligno mais comum entre pessoas do sexo feminino. Para 2020, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 16.590 novos casos da doença no Brasil e 2.250 no estado de São Paulo. O tumor, também chamado de câncer cervical, está entre os cânceres ginecológicos e tem como principal causa o Papilomavírus Humano (HPV). A campanha pretende mostrar a importância da vacinação e do exame papanicolau. A vacina de HPV é o principal método de profilaxia contra o câncer de colo uterino e deve ser aplicada em meninas na faixa-etária de 9 a 14 anos e em meninos de 11 a 14 anos. Porém, a imunização não protege de todos os subgrupos do vírus. Por isso, consultas e exames regulares são fundamentais. A ginecologista Gilda Gonçalves Gil explica: "o preservativo também é um método de prevenção, porém não protege totalmente. O papanicolau é um exame que diagnostica a presença do vírus antes que ele tenha se transformado em uma lesão cancerosa". Relações sexuais não são a única forma de contágio. A transmissão pode ocorrer através do contato com a pele ou mucosa infectada. Fumantes podem potencializar a incidência do tumor maligno. "Tabagismo sempre vai concorrer com a baixa de resistência da paciente, com uma alteração de imunidade no corpo inteiro, então não é um fator de risco para contaminar, mas sim para agravar mais o quadro", afirma a médica. A doença é silenciosa em grande parte das vezes, algumas pessoas sequer sabem que são portadoras do vírus, mas isso não impede que o transmitam. Os principais sintomas são sangramento anormal ou depois da relação sexual e, nos casos mais graves, dores abdominais. Apesar de silencioso, o câncer do colo do útero possui altas chances de cura se identificado no estágio inicial, por isso a importância de manter uma rotina regular de exames e consultas.