Dia Mundial de Combate ao Câncer quer reduzir estigma e informar população sobre a doença

Lei aprovada pela Alesp criou mecanismos para o acolhimento psicológico do paciente e familiares
04/02/2021 19:37 | Saúde | Eduardo Reis

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O Dia Mundial de Combate ao Câncer, data celebrada anualmente em 4 de fevereiro, foi criado pela União Internacional Contra o Câncer, em 2008. O objetivo principal da data é informar a população sobre a doença e seus tratamentos e reduzir seu estigma.

De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 150 mil paulistas foram diagnosticados com a patologia no ano passado. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) de 2019 apontam 73 mortos pela enfermidade a cada 100 mil habitantes em todo o Estado de São Paulo.

O Câncer é caracterizado pela rápida criação de células anormais em qualquer parte do organismo, gerando tumores, que podem ainda invadir o espaço de outros órgãos do corpo e assim disseminar a doença em todo o indivíduo.

Por conta desse possível espalhamento da doença por todo o corpo, a deputada Janaína Paschoal (PSL) considera que a patologia é um desafio multidisciplinar: "Muitos são os funcionários da saúde que participam de todo o processo, desde médicos oncologistas, enfermeiros, fisioterapeutas e até dentistas."

A parlamentar ainda destaca que o tratamento deve se atentar também para a saúde da família do paciente: "A família e o doente devem estar alertados de que isso os afetará em todos os aspectos, portanto essa consciência ajuda o tratamento a ser um período positivo."

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) destaca a importância desse amparo ao paciente e à família em seu informe sobre a doença. Em 2020, a Alesp aprovou a Lei 17.292, que instituiu uma Política Estadual de Cuidados Paliativos. Ela foi proposta pelo parlamentar Daniel Soares (DEM).

A lei visa melhorar a qualidade de vida do paciente em tratamento e sua família, buscando aliviar quaisquer dores físicas, psíquicas ou espirituais, além de todo o acolhimento no luto em caso de fatalidade.

Como evitar o Câncer

O Câncer pode surgir de várias maneiras no corpo humano, seja por hormônios, condições imunológicas ou mutações genéricas. Além desses fatores naturais, elementos externos podem contribuir com o aparecimento da doença, a irradiação solar, poluição do ar ou o uso de tabaco.

Segundo o Inca, entre 80% e 90% das pessoas diagnosticadas com câncer contraíram a patologia por conta de fatores não-biológicos.

A Opas destaca que a profilaxia do Câncer passa por uma conscientização individual para adquirir hábitos saudáveis, como a prática de exercício físico, alimentação balanceada e o desincentivo à ingestão de álcool e cigarro.

O Projeto de Lei 568/2020, de autoria dos deputados Marina Helou (Rede), Bruno Ganem (Podemos), Caio França (PSB), Emídio de Souza (PT) e Mônica da Mandata Ativista (PSOL), pretende fixar metas e prazos para que se atinja os valores de concentração de poluentes preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para fins de monitoramento da qualidade do ar no Estado.

Segundo os autores da proposta, a negligência com a qualidade atmosférica pode aumentar a incidência de doenças respiratórias, dentre elas o Câncer de Pulmão.

Dentre os sinais do aparecimento da doença estão o surgimento de nódulos, rouquidão crônica, indigestão constante e feridas que não cicatrizam. O diagnóstico precoce do Câncer reduz a chance de morte e até evita o tratamento, que é feito de forma gratuita pelo SUS.


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