Solenidade realizada nesta sexta-feira (11/6) em ambiente virtual debateu a força das notícias vindas diretamente da periferia e o racismo atual na mídia tradicional, e discutiu as mortes do povo preto, tanto na pandemia quanto por homicídios. O evento foi organizado pela equipe da deputada Mônica da Mandata Ativista (PSOL). De acordo com o membro da Mandata Ativista, Jesus dos Santos, o trabalho de imprensa independente "é fundamental para levar informação a milhares de pessoas que, muitas vezes, não se sentem contempladas pelas notícias dos meios de comunicação mais comuns", disse. Ele também lembrou do Dia da Imprensa e do Dia da Liberdade de Imprensa, celebrados nos dias 1º e 7 de junho, respectivamente, frisando que a celebração dessas datas remonta o período de ditaduras e censuras no Brasil. Para a comunicadora Natalie Simões, do veículo Alma Preta, "a história da imprensa negra, assim como de toda a sociedade negra, é de luta e sobrevivência", contou. Nesse mesmo sentido, Gisele Brito, da Rede Jornalistas das Periferias, acrescenta dizendo que "essas iniciativas combatem o falso estereótipo dos moradores da periferia e os humanizam". Quando o debate abordou a morte do povo periférico, seja pela Covid-19, seja pela violência, Anderson Moraes, do Jornal Empoderado, desabafou dizendo que "a gente acredita e ama o que faz; o que nos move é saber que a nossa mídia salva pessoas". E complementou dizendo que a sociedade deve se acostumar a falar do corpo preto vivo. Além dos veículos já citados, participaram representantes da Agência Mural de Jornalismo das Periferias, do Desenrola e Não me Enrola, da Periferia em Movimento e da Tribuna Afro.