O assunto da Tribuna Virtual desta segunda-feira (28/6) foi escola de tempo integral. O Programa de Ensino Integral (PEI), do governo do Estado, prevê que os alunos permaneçam no mínimo sete horas por dia nas escolas que aderirem ao projeto. Apesar de defender o modelo de escola integral, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) é contrário ao PEI, por considerar que é um projeto excludente. "As notas técnicas da Rede Escola Pública e Universidade (Repu) mostram o quanto esse projeto é excludente, o quanto afronta o direito fundamental à educação", disse. Giannazi citou como exemplo a cidade de São Joaquim da Barra, onde três escolas poderão aderir ao PEI. "Essas escolas recebem alunos do campo, dos sítios, alunos que trabalham. Esses alunos serão praticamente expulsos dessas escolas porque não podem permanecer durante todo o dia na escola", comentou. O parlamentar sugeriu a implantação de uma bolsa estudantil para os alunos do ensino médio cujas escolas entrem no PEI. Por outro lado, a deputada Janaina Paschoal (PSL) se manifestou favoravelmente ao PEI. "A escola integral é positiva não só pela questão acadêmica, mas tem a ver com a segurança das crianças, com alimentação, sociabilidade, prevenção de acidentes domésticos. Externo meu apoio a esse programa", afirmou. Outro assunto abordado pela parlamentar foi a situação dos moradores do bairro de Campos Elísios, nas proximidades da "Cracolândia". A parlamentar recebeu denúncias de pessoas que moram na região relatando dificuldades em se deslocarem para trabalhar e estudar. "Crianças e adolescentes têm muito medo de transitar, são muito abordadas por traficantes e usuários. Alguma providência precisa ser tomada", disse. "Hoje o secretário da Habitação será ouvido em comissão da Casa. Vou acompanhar sua fala, vou tratar do tema novamente. Não adianta entregar conjuntos habitacionais e não dar segurança para essas pessoas poderem sair para trabalhar, para estudar", comentou Janaina Paschoal. A parlamentar pediu uma força-tarefa envolvendo os secretários estaduais e municipais para resolver a situação das famílias que precisam morar na região da Cracolândia. "Não é possível que traficantes e usuários tenham tomado aquela região e que as autoridades entendam que aquela situação é normal. Não é normal. Algo precisa ser feito com urgência", concluiu a parlamentar.