Dia Estadual de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres é celebrado nesta quarta-feira, 29 de setembro

Com essa prática 38 milhões de animais são retirados da natureza
29/09/2021 19:23 | Campanha | Natália Belo

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Imagem ilustrativa (Fonte: Pixabay)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2021/fg275002.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Infográfico<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2021/fg275001.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Dia Estadual de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres é comemorado nesta quarta-feira (29/9), e ocorre todo ano desde 2018, a partir da Lei 16.639/2018, de autoria do ex-deputado Gil Lancaster. A celebração tem o objetivo de conscientizar a população da gravidade do problema e combater a terceira maior atividade ilegal do mundo.

Gil comentou que o tráfico de animais tem se tornado cada vez mais frequentes, mostrando ser um hábito cultural. "São cada vez mais constantes as incursões nas matas tropicais em busca de animais para fomentar o tráfico nacional e internacional. Manter animais silvestres em cativeiro continua sendo um hábito cultural da população brasileira, para exibi-los em forma de coleções ou destiná-los a estudos científicos e à produção de medicamentos e afins", disse.

Os animais mais procurados pelo tráfico são aves, primatas e cobras, como a arara-azul, jaguatirica e jiboia. Os animais em extinção são os principais alvos dos traficantes por serem comercializados com valores muito altos, como a arara-azul por exemplo.

Segundo os dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) todo ano esse comércio ilegal movimenta entre 10 e 20 bilhões de dólares, disso 10% corresponde ao Brasil, isto é cerca de 38 milhões de animais silvestres. Com isso são movimentados no Brasil anualmente 2 bilhões de dólares pelo comércio ilegal.



Ainda de acordo com o Renctas, de 100 animais capturados ilegalmente no Brasil, 30 são destinados ao exterior e 70 vendidos em território nacional.

O deputado Márcio da Farmácia (Pode) falou que "o tráfico de animais silvestres ocorre para diferentes públicos e fins, além de prejudicar o ecossistema pode prejudicar também a saúde humana, pois muitos animais silvestres são hospedeiros de vírus que causam doenças em humanos como a febre amarela, leishmaniose e a toxoplasmose. No brasil o controle de fiscalização de animais silvestres é feito pelo Ibama e a polícia militar ambiental. Em caso de suspeita de tráfico de animais entrar em contato com a linha verde do Ibama, ligando para 0800618080".

Os animais capturados de seus habitats naturais contribuem para a disseminação de zoonoses, isto é, doenças transmitidas dos animais para os humanos. Mais de 180 zoonoses já foram identificadas, como por exemplo tuberculose, raiva e leptospirose.

O tráfico de animais silvestres pode ser dividido em três tipos, para colecionadores particulares, para fins científicos e para a fabricação de subprodutos, como adornos e artesanato.

Essa prática traz consequências, como afetar outras espécies que ela se relaciona ou a extinção local ou total, desse modo causando um desequilíbrio ecológico.

alesp