Hospital São Paulo demite servidores e reduz atendimento até no pronto-socorro

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07/03/2022 15:58 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Hospital São Paulo demite servidores e reduz atendimento até no pronto-socorro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2022/fg285520.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carlos Giannazi participou, em 4/3, de ato realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de São Paulo (Sintunifesp) em defesa dos mais de 350 trabalhadores demitidos últimos meses pelo Hospital São Paulo (HSP), o hospital-escola da Unifesp, na Vila Clementino.

A maior parte das demissões ocorreu a partir de 1º/2, quando tomou posse o novo superintendente, Nacime Salomão Mansur, indicado pelo conselho administrativo da Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM), a organização social de saúde (OSS) que administra o hospital.

Segundo os servidores, são cerca de 20 demissões por dia sem aviso. Os funcionários chegam para começar o dia de trabalho e encontram seus logins de acesso bloqueados, a partir disso são chamados no RH e avisados sobre a demissão.

Em nota, a instituição afirmou que as demissões fariam parte de uma readequação do hospital, motivada pelo abrandamento da pandemia, uma vez que vem caindo a ocupação dos leitos de enfermaria e de UTI. Mas, na prática, os usuários dos serviços veem um desmonte muito maior, com muitos setores deixando de prestar atendimento.

O pronto-socorro, por exemplo, deixou de receber os pacientes que buscam atendimento por conta própria. Todos são orientados a procurar a UPA Vila Mariana, onde se sujeitam a filas de mais de quatro horas. O HSP somente aceita os casos de urgência/emergência encaminhados pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), que chegam de ambulância.

Já no ambulatório, o atendimento ficou restrito às especialidades de ginecologia, oftalmologia e otorrino, ainda assim com poucos médicos para fazer frente à demanda. A área de saúde mental, por exemplo, foi praticamente desativada, com toda a equipe multidisciplinar sendo demitida: 5 psiquiatras, 4 terapeutas ocupacionais e 4 psicólogos.

"Não podemos concordar com o desmonte desse equipamento público, tampouco com a precarização de suas relações de trabalho", afirmou Carlos Giannazi, que prometeu cobrar a intervenção do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Trabalho no caso.

alesp