Dia Estadual da Mamografia: Alesp engajada na prevenção que salva vidas

Exame é fundamental para identificar de forma precoce o câncer de mama na população a partir dos 40 anos de idade; doença é uma das maiores causas de morte entre mulheres
05/02/2024 10:43 | Saúde | da Redação - Foto: Arquivo

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Mamografia previne câncer de mama em mulheres<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2024/fg318279.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mamografia previne câncer de mama em mulheres<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2024/fg318280.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Celebrado anualmente em 5 de fevereiro, o Dia da Mamografia busca conscientizar a sociedade - principalmente, mobilizar as mulheres - sobre a importância da realização desse importante exame que ajuda a identificar e auxiliar na prevenção do câncer de mama. Engajada no objetivo de dar visibilidade a uma atitude que pode salvar vidas, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou a Lei 13.755/2009, que institui o Dia Estadual da Mamografia.

A iniciativa tem a missão de promover campanhas de conscientização em parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério da Saúde e as prefeituras.

"A finalidade do rastreamento mamográfico é identificar um tumor ainda não palpável, onde existe a possibilidade de cura de mais de 95%. A mamografia é o método mais eficaz para a detecção do câncer de mama", aponta a justificativa do projeto de lei que gerou a criação da data oficial no calendário paulista.

No Brasil

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é a principal causa de morte por tumores malignos em mulheres no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres (INCA, 2022).

Prevenção

Médicos e especialistas apontam que a detecção precoce do câncer de mama é fundamental não só para prevenir a doença, mas também para reduzir sua taxa de mortalidade e aumentar as chances de cura.

O mastologista e presidente de honra da União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama (Unaccam), Dr. Carlos Ruiz, reforça que a principal forma de rastreamento do câncer de mama é a mamografia, que deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos de idade.

Já o Ministério da Saúde recomenda fazer o exame a partir dos 50 anos, a cada biênio. Porém, o médico alerta que, atualmente, no Brasil, 35% dos casos de câncer de mama acontecem antes dos 50 anos.

"Rastreamento é a avaliação, por meio de exame de imagem, em mulheres que não apresentam os sintomas do câncer de mama, enquanto que o diagnóstico é feito por biópsia quando já existem os sintomas", explicou Ruiz.

Segundo o mastologista, pacientes mais jovens ou que fazem parte do grupo de alto risco, que são os que possuem mutação genética ou um histórico familiar de incidência da doença, o recomendado é fazer a ressonância magnética 10 anos antes da idade do parente mais jovem que teve o câncer de mama.

SUS

Ainda de acordo com Ruiz, a taxa de mortalidade em decorrência do câncer de mama é maior na rede pública de saúde do que na privada, principalmente quando a doença está em estágio mais avançado. Dentre vários fatores, isso ocorre devido à dificuldade de acesso a medicamentos e tratamentos mais adequados.

"No entanto, as condições de tratamento entre o Sistema Único de Saúde e a rede privada são iguais quando o diagnóstico é feito precocemente, ainda no início da doença", ressalta o médico. "A principal causa na desigualdade de acesso à mamografia está na dificuldade de informação e conscientização das mulheres a partir dos 40 anos a realizarem o exame", explica o mastologista e presidente de honra da Unaccam.

Empoderamento Feminino

O médico acrescenta que essa desigualdade de acesso ocorre porque, geralmente, mulheres mais pobres costumam sustentar suas famílias e, muitas vezes, preferem evitar uma falta no trabalho, por medo do desemprego, a manter os exames em dia, o que pode vir a atrasar um possível diagnóstico.

"É preciso orientar e informar mais a população feminina. Informação é empoderamento. Isso faz toda a diferença e nós temos que ter essa preocupação com as mulheres", conclui o médico.

Atividade Física

Estudo realizado pelo Inca, em parceria com alunos de pós-graduação das faculdades de Empreendedorismo e de Ciências Humanas do Brasil, ambas ligadas à Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj), reuniu dados que comprovam como a prática de atividades físicas pode beneficiar as pacientes em tratamento do câncer de mama. A pesquisa enfatiza que os exercícios físicos melhoram a qualidade de vida e o bem-estar das pacientes, aumentam as respostas positivas ao tratamento e diminuem as chances de retorno da doença.


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