Servidores municipais de São Paulo exigem reposição de 45,14%

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03/05/2022 12:13 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Celso Giannazi e Carlos Giannazi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2022/fg286101.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL) participaram, em 28/4, da manifestação em frente à prefeitura de São Paulo promovida pelo Fórum das Entidades, coletivo que reúne as associações e os sindicatos representativos dos servidores públicos do município. A reivindicação conjunta das categorias é o reajuste de 45,14%, resultado de mais de dez anos da política do reajuste de 0,01%. "O prefeito se autoconcedeu um reajuste superior a 46,6%, mas apenas para si próprio e para os seus secretários. Para os servidores, quer continuar dando 0,01%", denunciou o deputado.

"Além disso, Ricardo Nunes também confiscou os salários através do SampaPrev2. E pior, confiscou inclusive as aposentadorias e pensões de milhares de servidoras e servidores aposentados que ajudaram a construir as políticas públicas da cidade. Essas pessoas estão sofrendo um confisco igual ao confisco imposto pelo ex-governador Doria aos servidores estaduais", disse Carlos, que é autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 22/2020, cuja finalidade é revogar esse desconto em âmbito estadual.

Celso Giannazi luta na Câmara Municipal pela aprovação de seus PDLs 17 e 18/2022, que também têm o objetivo de reverter o desconto extra em aposentadorias e pensões. Em nível municipal, entretanto, a situação é ainda mais grave. O prefeito Ricardo Nunes revogou até mesmo a isenção de Imposto de Renda e Contribuição Previdenciária que beneficiava servidores com doenças graves, como câncer e leucemia. "São pessoas que dependem desse dinheiro para custear o próprio tratamento, porque o Hospital do Servidor Público Municipal não oferece atendimento", lamentou.

O vereador ainda argumentou que o município tem plenas condições de arcar com o reajuste do funcionalismo. O orçamento previsto para este ano é R$ 82,7 bilhões, 21,7% maior em relação ao ano anterior. Além disso, o acordo em relação à propriedade do terreno do Campo de Marte pôs fim a uma dívida de R$ 25 bilhões do município com a União. Com isso a prefeitura deixa de pagar R$ 3 bilhões por ano ao governo federal. "Neste momento, São Paulo tem R$ 30 bilhões em caixa", apontou.

alesp