A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu uma sessão solene que homenageou paulistas - civis e militares - que, de algum modo, preservam a memória da Revolução de 1932. Em julho daquele ano dois exércitos entraram em combate: de um lado as tropas federais e de outro os soldados paulistas que lutavam pela derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. "O movimento constitucionalista é de suma importância não só por ter conseguido vários direitos populares e cláusulas sociais para a população, mas sobretudo o espírito de irmandade e os princípios coletivos de convivência. Foi a primeira vez que a população pleiteou seus direitos", declarou Rodrigo Gutenberg que é historiador. O deputado Gil Diniz (PSL) fez questão de ressaltar o marco histórico de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo diante da luta por uma nova constituição no Brasil. "São Paulo pega em armas em 32 para defender a democracia e a constituição. Muito se fala fora do Estado de São Paulo que os paulistas eram golpistas, porém era justamente o contrário, eles eram legalistas. Precisamos deixar essa chama viva e explicar não só para o paulista, mas para todo o brasileiro que a revolução de 32 foi um ideal e continua vivo por aqui", analisou o parlamentar. O jurista Umberto Luiz Borges D'Urso acredita que a memória de um povo é essencial para a democracia e para o futuro da nação. "Quando nós nos esquecemos desses que morreram pela dedicação ao nosso país, isso se torna imperdoável e significa que nosso país está cada vez pior. Em contrapartida, cultuar a nossa história como datas da revolução de 32, representa a nossa história e a garantia de que teremos um futuro ainda melhor", finalizou. Os homenageados na sessão solene receberam a medalha "São Paulo, o direito e a força". Compuseram a mesa do evento os deputados Adalberto Freitas, Gil Diniz, Major Mecca e Tenente Nascimento.