Nascido numa pequena cidade da Hungria, perto da fronteira com a Eslováquia, Márik Tomorii está pela segunda vez no Brasil. Em dezembro, precisará voltar à Hungria, mas pretende retornar ao Brasil, país que o acolheu muito bem, segundo ele. Márik apresentou uma dança folclórica durante sessão solene em homenagem ao Dia da Comunidade Húngara, na Alesp. Para ele, a dança é uma tradição de família. A solenidade foi realizada na manhã desta segunda-feira (21/10), no Plenário Juscelino Kubitschek. Cerca de cem mil húngaros e descendentes vivem no Brasil, a maioria no Estado de São Paulo. Os primeiros húngaros chegaram ao país ainda no século XIX. Muitos vieram depois da Primeira Guerra Mundial, mas a maior parte veio depois da Segunda Grande Guerra. O dia 23 de outubro foi instituído no Estado de São Paulo como Dia da Comunidade Húngara pelo Projeto de Lei 219, de 2006, do ex-depeutado Romeu Tuma, que originou a Lei 12.939, de 2008. A data se refere à Revolução Húngara, quando a população tomou conta das ruas de Budapeste pedindo o fim do regime socialista no país, em 1956. Os húngaros trouxeram ao Brasil parte de sua cultura. "Temos uma comunidade muito ativa. Temos a Casa Húngara, várias associações húngaras, grupos de danças folclóricas. Vale destacar o Colégio Santo Américo, que foi fundado pelos monges húngaros. Temos uma presença bastante marcante em São Paulo", destacou o cônsul-geral da Hungria em São Paulo, Sailárd Teleki. "O Brasil é um país acolhedor", completou. O alinhamento político entre os governos do Brasil e da Hungria foi mencionado pelo deputado Frederico d'Avila (PSL), proponente da solenidade. O parlamentar, bisneto de húngaros, comentou: "Tenho uma ligação de sangue com o país. A Hungria é a noiva da vez da Europa. É uma economia pujante, tem um governo estável. Vem contribuindo muito para a consolidação do bloco europeu. Temos um alinhamento ideológico com o governo húngaro". Durante a solenidade, o deputado Altair Moraes (REPUBLICANOS) levou ao plenário um grupo da África do Sul que estava visitando a Alesp para cantar uma música de agradecimento a Deus em zulu, idioma dos visitantes. Fizeram parte da mesa, além do deputado Frederico d'Avila; Zoltán Szentgyörgyi, embaixador da Hungria; Szilárd Teleki, cônsul-geral da Hungria em São Paulo e Francisco Montano Filho, presidente da Associação Húngara de São Paulo.