A Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, nesta terça-feira (17/8), o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, em reunião em ambiente virtual. Durante o encontro, a retomada dos eventos no Estado e a readaptação das atividades culturais após a pandemia foram os assuntos mais debatidos.

O secretário falou sobre estudos promovidos pela secretaria que demonstravam a eficiência do investimento em cultura na economia do Estado. O 50° Festival Internacional de Inverno de Campos de Jordão foi um dos exemplos citados. Ele afirmou que para cada R$ 1 real investido via Lei Rouanet e via Programa de Ação Cultural (ProAc), R$ 16,07 eram injetados na economia da região.

Entre os planos de metas a serem realizados até dezembro do ano que vem, o apoio financeiro a mais de mil projetos culturais e a implantação de cinco novas Fábricas de Cultura 4.0 são algumas das ações da secretaria. A reforma e restauração do Museu do Ipiranga e de museus no interior do Estado também fazem parte dos objetivos da gestão. Um dos projetos recentemente concluído foi o Novo Museu da Língua Portuguesa, reconstruído após um incêndio em dezembro de 2015.

Sá afirmou que apesar do atual cenário político no país, os programas e metas em desenvolvimento no Estado servem para alavancar o setor. "Aqui em São Paulo nós estamos na direção oposta, valorizando, investindo e afirmando o potencial transformador da cultura". "Estamos na contramão desse cenário lamentável que existe em nível federal", afirmou.

Sobre as realizações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa no ano passado, a implantação da plataforma Cultura em Casa foi um dos destaques. A proposta, que já alcançou a marca de seis milhões de visualizações até o momento, tem o objetivo de "ampliar o grau de acesso da população". De acordo com dados fornecidos pelo secretário, quase 25 milhões de pessoas foram alcançadas pelas ações virtuais realizadas por instituições culturais. O especialista conta que a plataforma também é um instrumento de geração de renda para artistas e técnicos, e que mais de 16 mil profissionais da área cultural já foram remunerados por conteúdos apresentados na plataforma.

A deputada Leci Brandão (PCdoB) questionou por qual motivo as emendas demoram tanto para serem atendidas na Secretaria de Cultura do Estado. Outro assunto levantado pela parlamentar foi a questão da economia criativa, que ela definiu como "fundamental" e "do povo". Devido ao horário que excedia o tempo máximo de reunião, o secretário se comprometeu a participar futuramente de um novo encontro para responder as perguntas que os parlamentares efetuaram ao final da sessão.