Idealizado e coordenado pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP), grupo reunirá entidades e profissionais do Direito, da Educação, da Segurança Pública e da Psicologia especializados no tema para a identificação e a prevenção de violência virtual no estado de SP; Frente será lançada oficialmente em 10/6, na Alesp

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) lançará, oficialmente, em 10/6 (3ª feira), a Frente Parlamentar de Combate à Violência em Ambiente Digital contra Crianças e Adolescentes. A prioridade do colegiado idealizado e coordenado pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) é a produção de um estudo que será entregue ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre medidas que devem ser tomadas no combate ao bullying e a crimes virtuais nas escolas. A cerimônia que marcará o início dos trabalhos acontece às 18h30, no auditório "Paulo Kobayashi" (avenida Pedro Álvares Cabral, 201 - Moema, São Paulo-SP).

Logo após o lançamento da Frente Parlamentar, serão constituídos grupos temáticos, que vão abarcar entidades e profissionais do Direito, da Saúde, da Educação, da Segurança Pública e da Psicologia, para a discussão e a identificação de gargalos do sistema público que necessitam de ajustes e de investimentos para a prevenção de violência digital no estado de São Paulo.

Coordenador-geral do colegiado, Rafa vai acompanhar de perto as ações e colaborar com as autoridades na investigação e na prisão de quem alicia o público infantil e jovens pela Internet. Para tanto, a mais nova Frente Parlamentar da Alesp vai atuar em conjunto com o Instituto Aegis, presidido por Luís Guilherme de Sá. Já a jornalista Carla Albuquerque, referência no assunto, ficará à frente do monitoramento de ataques cibernéticos.

Os grupos temáticos também contarão com a participação da Associação Nacional das Vítimas de Internet (Anvint), representada pela advogada Tanila Savoy; de outros profissionais do Direito especializados em crimes digitais, como Carolina Di Fillipi e Luciano Santoro; e do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), da Secretaria de Estado de Segurança Pública, via a delegada Lisandrea Zonzini Salvariego Colabuono.

Completam a lista de profissionais que também vão atuar junto à Frente Parlamentar os psiquiatras Felipe Becker e Hewdy Lobo Ribeiro, a jornalista e educadora midiática Carla Georgina, e Samantha Plonczynski, especialista em Marketing Digital com foco em Saúde Mental.

Relatório para o governador

O primeiro trabalho do colegiado será a elaboração de um relatório sobre crimes cibernéticos no Estado de São Paulo e que atingem o público em idade escolar. A ideia é que o conteúdo, assim que finalizado, seja entregue a Tarcísio. O estudo também vai reunir medidas que devem ser adotadas pelo governo bandeirante no combate ao bullying e a delitos digitais cometidos em unidades de ensino da rede estadual.

Para Rafa, ter um colegiado na Alesp destinado unicamente para esta temática é necessário em razão de serem recorrentes ataques a escolas, estupros virtuais, desafios autodestrutivos (que, muitas vezes, levam ao suicídio ou à morte acidental), bem como a participação de adolescentes em grupos extremistas:

"Vamos combater, fortemente, o estímulo a agressões virtuais, ao auto mutilamento, a desafios que podem ser fatais, e à misoginia. Estes conteúdos, via de regra, aparecem mascarados de humor ou de liberdade de expressão na Internet. Nossos filhos estão crescendo imersos a postagens e a vídeos que dessensibilizam, banalizam o sofrimento humano, e distorcem noções de ética e de empatia. Precisamos dar um basta nisso!".