A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, nesta quinta-feira (27), uma reunião do projeto "Municípios Parceiros no Controle do Tabagismo", iniciativa voltada para o estímulo de políticas públicas municipais contra o uso de tabaco e nicotina. O crescimento do uso de cigarros eletrônicos por jovens foi o tema central do debate, promovido pela deputada Marina Helou (Rede).

Mantido pela Associação Brasileira de Defesa do Paciente com Câncer (Oncoguia), em parceria com a Secretária de Estado da Saúde e a Umane - organização voltada para o fomento da saúde pública -, o projeto tem o objetivo de debater estratégias de prevenção e combate ao uso de produtos de tabaco e nicotina, com foco especial no desafio dos cigarros eletrônicos.

O foco do projeto da Oncoguia é a articulação e debate, dentro de câmaras municipais, para a construção de ações educativas em escolas, unidades de saúde, transporte público e outras mídias. "O combate ao tabagismo é um dos pilares mais importantes na prevenção do câncer e de diversas outras doenças crônicas", afirmou a presidente da associação, Luciana Holtz.

"Vejo nessas iniciativas um trabalho muito sério e consistente para que a gente proteja a vida das crianças e adolescentes, que hoje estão expostos. Se existem cânceres que são preveníveis, é nossa obrigação avançar nessa discussão e nessa luta.", disse Marina Helou.

Cigarros eletrônicos

O crescimento do uso de cigarros eletrônicos principalmente pelos mais jovens, apesar de proibido no Brasil, é um dos principais pontos de atenção para os órgãos de Saúde brasileiros, que por anos foram referência no controle do tabagismo em todo o mundo.

"O Brasil foi líder no controle do tabagismo nos últimos 20 anos, reduzindo 40% [no índice de tabagismo na população] virou referência mundial. De repente, de cinco anos para cá, esse número começou a crescer e isso começou a ser muito assustador", ressaltou a diretora da Umane, Thais Junqueira.

Para frear o avanço deste tipo de substância, o programa da Oncoguia tem capacitado agentes públicos para atuação na conscientização sobre os malefícios do tabagismo.

"Se quisermos proteger as novas gerações, é crucial modernizarmos as nossas estratégias de controle. Devemos nos unir para diminuir esse avanço, garantindo que as políticas públicas e a nossa atuação, como parceiros, reflitam a urgência de mantermos a juventude longe qualquer produto que ameace seu futuro", afirmou Luciana Holtz.

"O fato de os cigarros eletrônicos serem comercializados mesmo sendo proibido no Brasil mostra que é preciso fazer alguma coisa, porque isso é urgente e não podemos voltar dez casas em relação a tudo que a gente já conquistou", complementou Thais Junqueira.

Confira a galeria de imagens da reunião

Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp: