O Dia do Marinheiro foi festejado em sessão solene nesta sexta-feira (10/12), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por iniciativa do deputado Castello Branco (PSL). Na cerimônia, foram entregues aos comandantes da Marinha, como reconhecimento oficial, placas pessoais e institucionais em agradecimento aos serviços prestados para o país. Em sua fala, Castello Branco, que tem uma longa trajetória militar e naval, fez um discurso emocionado, agradeceu as autoridades presentes e reforçou que ''comemorar o Dia do Marinheiro, antes de tudo, é resgatar o que tem de melhor na própria história e na história do Brasil'. "A minha ligação com a Marinha vem das minhas escaladas na Ilha Porchat, das minhas travessias em mar aberto e de tantas outras aventuras que fazíamos e que me inspiraram, já adolescente, a buscar exemplos para entrar no colégio naval'', destacou o parlamentar. Já o deputado Coronel Telhada (PP), agradeceu aos serviços prestados, colocou o parlamento à disposição para colaborar com a classe nas legislações estaduais e pontuou que ''é muito bom nós reconhecermos e valorizarmos aqueles que nos defendem, que cuidam da gente''. Ainda na ocasião, foram exibidos vídeos institucionais que reforçam a importância do trabalho dos marinheiros e dos valores que a Marinha do Brasil carrega em suas atividades, iniciados lá com o Almirante de Tamandaré, o patrono da marinha brasileira. O comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Guilherme da Silva Costa, agradeceu à Alesp e ao deputado Castello Branco pelo evento e falou sobre o patrono brasileiro. ''Marinheiro exímio, militar irretocável, líder nato, cidadão íntegro, patriota a toda prova. Tamandaré nos deixou ao longo dos seus 66 anos de serviço um legado de abnegada dedicação à sua instituição e de incondicional amor pela sua pátria'', destacou o vice-almirante. Na solenidade, também estiveram presentes: o conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Eduardo Tuma; o diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, vice-almirante Guilherme Dionízio Alves; o superintendente de operações da Guarda Civil Metropolitana, inspetor Davi Milanez; o presidente do Fórum Náutico Paulista e do Instituto de Marinas do Brasil e ex-deputado estadual, Marco Antônio Castello Branco Oliveira; o diretor do Centro de Desenvolvimento de Submarinos, contra-almirante Flávio Antoun Netto; o general de Brigada e chefe do Estado Maior do Comando Militar Sudeste, Edson Massayuki Hiroshi; o coronel Aviador José Ricardo Matos Gomes da Cunha; o coronel da PM Luiz Alberto Rodrigues da Silva; e demais autoridades relacionadas ao tema. Almirante de Tamandaré O almirante Joaquim Marques Lisboa nasceu na Vila do Rio Grande, Rio Grande do Sul, em 13 de dezembro de 1807. Foi membro do Conselho Naval Superior e ministro do Supremo Tribunal Militar, cargo em que se aposentou pouco antes de morrer. Em 1988, recebeu o título de Marquês de Tamandaré. Ele foi decisivo ao participar de lutas que são símbolo da história brasileira, como a Confederação do Equador, a Cabanagem, a Sabinada, a Farroupilha, a Balaiada e a Praieira. Com a eclosão da Guerra do Paraguai, comandou as forças navais em operação na bacia do rio da Prata em apoio às batalhas do Passo da Pátria, de Curuzu e de Curupaiti. O almirante faleceu em 20 de março de 1987, no Rio de Janeiro, com 89 anos.