São Bernardo lança Programa Tem Saída que emprega mulheres vítimas de violência

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27/06/2024 15:08 | Atividade Parlamentar | Da Assessoria da deputada Carla Morando

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Deputada Carla Morando lança Programa Tem Saída<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2024/fg329701.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A deputada estadual Carla Morando acompanhou seu esposo, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, terça-feira (25/6), na assinatura do convênio para aderir ao Programa "Tem Saída", importante política pública voltada à autonomia financeira e a empregabilidade de mulheres em situação de violência doméstica e de gênero no ambiente familiar. São Bernardo é o segundo município no Estado de São Paulo a instituir o projeto, atrás apenas da Capital, com a novidade de incluir, no escopo, processo de capacitação ao empreendedorismo.

A medida na cidade se dá, formalmente, em conjunto com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de São Bernardo, além do Sebrae e a iniciativa privada. Com o acordo, 28 empresas já entraram de imediato no programa, visando a reinserção no mercado de trabalho.

"Ação de extrema importância social, que tem como meta encerrar ciclo de violência doméstica contra as mulheres. Estamos buscando alternativa de solução para um problema. Não é razoável essa situação perdurar na nossa sociedade. Não podemos tolerar isso. Emprego dá autonomia, liberdade. Já tivemos avanços históricos em São Bernardo, em várias áreas, e implantamos uma série de medidas em proteção às mulheres. Esperamos que esse programa também possa servir de exemplo no País. É mais dignidade, respeito e cidadania", disse Orlando Morando.

"Esta é uma medida que dá suporte e oportunidade às mulheres vítimas de violência doméstica para se recolocarem no mercado de trabalho, com o apoio de empresas privadas, que viabilizam vagas de emprego para as vítimas atendidas pelo programa", disse a deputada Carla Morando que é coordenadora da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico na Alesp e defende programas de combate à violência contra a mulher e apoio social para a independência econômica.

Representante do Tribunal de Justiça, o juiz Mário Rubens classificou o "Tem Saída" como um programa "excepcional" dentro de cenário de São Bernardo, apontada por ele como cidade polo de proteção às mulheres. "Programa ganhou prêmio entre os 10 melhores projetos internacionais na área. A cidade já é referência com ampla rede de apoio e, agora, é a primeira a aderir fora a Capital. E ainda melhorado, trazendo o empreendedorismo. A medida dará à mulher a chance de sair de um ambiente de violência e presta auxílio psicológico para se colocar no mercado de maneira mais célere."

A vítima em situação de violência doméstica e familiar poderá ser integrada ao ?Tem Saída? a partir do atendimento realizado pelo Judiciário. Ao passar por esse primeiro passo, ela é encaminhada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Trabalho e Turismo de São Bernardo, na qual mediante atendimento personalizado, poderá escolher se deseja uma oportunidade de emprego (via Central de Trabalho e Renda, CTR) ou empreender, via Sala do Empreendedor. O processo destinado a esse público é diferenciado com apoio de equipe técnica e recursos humanos das empresas parceiras.

"Estudos indicam que 3 a cada 10 mulheres já foram vítimas de violência. Só esses números já mostram a importância ímpar de implantarmos esse programa na cidade, de forma inovadora. E tudo isso se dará sem custos para nenhuma das partes", citou o titular da pasta responsável pela iniciativa em São Bernardo, Fernando Longo.

Presidente da OAB subseção São Bernardo, Luiz Ricardo Bertanha disse que a somatória de valores de cidadania vai marcar o sucesso do programa. "É uma honra celebrarmos essa medida, pioneira no Grande ABC e no Estado. Temos comissões setoriais da subseção, inclusive de violência doméstica. Estatísticas apontam que vítimas, em muitos casos, sequer procuram a Delegacia da Mulher por conta justamente da dependência financeira do agressor. Com essa ação, irão poder se encorajar."


alesp